27 de janeiro de 2013

Viva a imaginação da Alícia

Ouço uma batida na porta bem de leve, mando entrar é a minha lindinha Alícia. Eu digo bom dia meu amor, dormiu bem? E ela sim mãe...Daí ela pra mim -mãe ele pode entrar? Eu ele? Quem? E ela o Guilherme, meu amigo imaginário, eu pode sim Alícia. Daí ela saiu pra fora e disse pra ele pode entrar sim, ela deixa, e falou pra ele, esse é o quarto da minha mãe e do meu pai. Senta aqui na cama. E ficamos conversando nós três, porque o Telmo ainda estava dormindo.
Mas daí eu disse me conta Alícia quantos anos tem o Guilherme? Ela oito e eu é aquele da foto que tu desenhou na loja e ela sim...mas daí eu perguntei da Julieta a outra amiga imaginária e ela me disse que a Julieta tinha ido viajar, estava na praia...essa é  minha menina meiga, feliz, inocente e linda por entro e por fora.
Alícia sempre teve esses amigos imaginários, mas sempre foram meninas, me surpreendeu hoje ser um menino e ela fala com tanta naturalidade e conversa com eles de um jeito tão legal, que eu não sei como lidar com isso, se incentivo ou ajudo ela a não fazer mais isso.
Foi um momento lindo e quis deixar um registro pra nunca mais esquecer.


Ia escrever isso hoje pela manhã, mas acordei com a triste notícia do incêndio em Santa Maria, o texto podia ter ficado melhor eu sei, mas hoje como o Carpinejar mesmo disse "As palavras perderam o sentido"

14 de janeiro de 2013

Colha sua própria salsinha...



“Colha sua própria salsinha” é um meme. Um meme que nos lembra da potência humana de criar soluções para os problemas da humanidade. Muito mais do que plantar e colher seus próprios temperos no vasinho, na janela, no balcão ou na sua horta, Colha sua própria salsinha é um apelo para que você desperte e passe a prestar atenção o mundo que você vive. Passe a exigir alimentos mais saudáveis, livres de pesticidas. Se não for por você, que seja pelos seus filhos. Ou netos. Passe a exigir alimentos cultivados localmente. Alimentos que não são colhidos fora de época, congelados, viajam centenas ou milhares de quilômetros e depois são amadurecidos artificialmente. Se não for por você, que seja pelos seus filhos. Ou netos. Passe a perceber as injustas relações no trabalho, não só na indústria do alimento, mas em todas áreas da indústria, comércio e serviços. Passe a valorizar relações justas no trabalho, em todas instâncias. Colha sua própria salsinha é um meme que te lembra sobre a tua própria potência em recuperar tua soberania em vários aspectos da vida, desde a alimentação da sua família até a dos teus amigos e vizinhos. Lembra que cultivar uma horta comunitária, coletiva, pode ser um passo mais fácil de dar do que você pensa. Lembra que uma vez, tínhamos uma conexão muito forte com a terra e com a origem dos alimentos e que, hoje, poucos de nós se questionam acerca do grau de modificações genéticas ou dos efeitos sobre a saúde daquilo que colocamos para dentro de nós, todos os dias. Colha sua própria salsinha é um processo pedagógico, que espera inspirar pelo exemplo, demonstrando que, para mudar o mundo, basta começar!
“Colha sua própria salsinha” é, em última instância, um chamado para que comecemos, juntos, a mudar a ordem das coisas. Para que comecemos, de um jeito simples mas eficiente, a retomar as rédeas de nossas vidas, iniciando pela recuperação da soberania alimentar e avançando para outras áreas das necessidades e desejos humanos.
O convite está feito. Qual é o mundo que você vai desenhar e deixar para as próximas gerações?
- Achei esse texto excelente,aqui em casa colhemos a salsinha e a cebolinha quase que diariamente,  a alegria e o prazer de cozinhar não tem comparação, agora preciso esperar nossos temperinhos crescerem de novo...ou quem sabe plantar mais umas mudinhas Alícia? 

12 de janeiro de 2013

O bem que um animalzinho pode fazer pra uma criança...

A promessa era não ter mais animais de estimação em casa, depois da última experiência com o Buddy, que não foi das melhores por eles ser um cachorro problemático e fujão tínhamos decidido nunca mais animais em casa. Mas como resistir ao pedido da criança mas doce desse mundo, sendo que ela nunca teve um animalzinho só dela, escolhido por ela ou no caso ela foi a escolhida, porque quando entramos na pet e ela colocou a mão no vidro onde ele estava ele veio com as patinhas minúsculas se apoiar pra olhar pra ela, e ela com acarinha mais linda do mundo louca pra pegar ele na mão. O atendente foi tão legal  e atencioso e explicou tanta coisa legal pra gente que na hora balancei e disse pra ela.Vamos na vó tomar um chá (que a gente tinha comprado um bolinho pra levar) depois na volta a gente compra pode ser? Ela tá, tá bom mãe, mas no fundo eu vi pela carinha ela a vontade de levar ele na hora. Não resisti e comprei. Saímos e ela na maior felicidade, toda orgulhosa carregando a caixinha.
Depois de tomar um chá e comer o bolo na vó, voltamos lá pra comprar a casinha dele e ela não tem desgrudado dele um minuto sequer, sobe e desce as escadas com ele, leva pro quarto, pro banheiro, pra cozinha, conversa, conta estórias, vê tv com ela do lado e até dormiu do lado da cama dela.
Fico admirada com o bem que um animalzinho pode fazer pra uma criança, de ontem pra hoje ela é outra criança, trata ele como se fosse filho e se acha mesmo a mãe dele.Ele pode ser minúsculo e viver numa gaiola, mas com certeza tamanho não é documento, já que não podemos realizar o sonho de ter um esquilo de verdade, temos o Nick que pra ser um esquilo só falta mesmo o rabinho de esquilo.
Pra quem fica pensando no trabalho que ela vai dar, não é tanto assim, não precisa passear na rua, nem dar banho, nem vacinas...somente trocar a serragem duas vezes por semana, comidinha e água todo dia...pra quem não sabe ele come sementes...milho, amendoim, girassol, arroz.
Então quando teu filho te pedir um bichinho pense num hamster...ele vai adorar!

6 de janeiro de 2013

Massa à Carbonara

                                         Essa receita é uma das preferidas aqui em casa, rápida e muito fácil de fazer.
                                         Como eu ainda tinha uma massa caseira feita pela minha mãe no congelador não podia deixar de preparar essa delícia.
                                         Como aqui a família é grande e comilona essa receita serve bem quatro pessoas:
Massa à Carbonara

                                         500 gramas de massa (penne ou parafuso)
                                         6 ovos
                                         200 gramas de queijo ralado
                                         250 gramas de bacon
                                         tempero verde e cebolinha á gosto
                                         sal  a gosto
                                          Massa caseira da minha mãe com água, sal e um caldo de galinha.
                                         Bacon bem picadinho na frigideira, não precisa colocar óleo
                                         Num pote misturar os ovos, sal, o queijo, a salsinha e a cebolinha
                                         Escorrer a massa e colocar de volta na panela
                                         Com o fogo ligado misturar o bacon com um pouco do óleo, a mistura de ovos, queijo e tempero verde, misturar por uns cinco minutos.
                                          Resultado final uma delícia, rápida e fácil de fazer.

10 de dezembro de 2012

Geléia de Morango

Desde criança fazer geleias é uma tradição na minha família...sempre via minha mãe e minhas tias se reunirem  pra fazer tachos e mais tachos de geleia, porque no interior do RS é assim fazer e era uma festa, as frutas sendo descascadas e colocadas num tacho de bronze, depois o cheirinho delicioso exalando pelo ar e os vidros que duravam por meses, sendo saboreados aos poucos.
Eu como vim pra capital há mais de vinte anos, ainda trago lá de fora geleias feitas pela minha mãe, mas de morango a minha preferida, só comprando mesmo e a minha decepção a cada compra ao abrir os vidros cresce a cada dia, no último que eu comprei inocentemente num mercadinho aqui perto de casa, a cor era tão linda, a procedência de uma cidadezinha do interior me fez crer que dentro tinha morango mesmo, como estava sem óculos não pude ler o rótulo (porque as letras são minúsculas) não vi na hora que  geleia de morango na verdade era feita de polpa de morango, polpa de maçã (bem mais claro  porque a maçã é mais barata, açúcar, glicose,conservante benzoato de sódio,acidulante, ácido cítrico,corante vermelho ponceau e aroma idêntico ao natural.Imaginem a minha indignação a ler tudo isso!
Claro que isso foi há muito tempo e hoje eu não tenho um tacho de bronze pra fazer muito vidros de geleia como antigamente, mas hoje comprei 6 caixinhas de morango(uma ficou guardada na geladeira pra Alicinha), então usei cinco caixinhas de morango, 700 gramas de açúcar, um limão e duas colheres de vodca.
A vodca deixa a geleia com uma cor linda.
Esta receita eu tirei de um blog maravilhoso:
http://www.acozinhacoletiva.blogspot.com.br
                                          Morangos picadinhos na panela, um limão espremido

                                          700 gramas de açúcar

                                          2 colheres de sopa de vodca

                                          Quase no ponto, quando aparecer o fundo da panela,

                                            nenhuma geleia que você comprar vai ter tantas pintinhas assim...

                                           Resultado dois vidros cheios de geleia
A receita ficou uma delícia  agora tenho a certeza de estar comendo uma verdadeira geléia de morango e o mais importante sem nenhum conservante.

4 de março de 2012

A raiva constrói



Quando alguém nos magoa e nos faz sofrer, o que acontece? Ou se sofre, o que em grande parte das vezes termina em depressão, ou se fica com muita raiva, o que é bem melhor. Mas a raiva -foi o que nos ensinaram- é um sentimento feio, baixo, que pessoas superiores não devem ter
Mas vamos discordar: uma boa raiva com motivos é saudável, e faz muito bem à pele, ao coração e à alma, além de evitar o infarto. E quem está querendo ser superior?
Conseguir ter raiva é excelente para a saúde física e mental; a depressão nos leva para a cama e tira a vontade das coisas mais banais, como tomar banho, passar uma escova no cabelo, comer, ler, quem não sabe?
Já a raiva faz com que se façam coisas, mesmo que sejam coisas erradas.
Na depressão você não se levanta nem para ir a um cabeleireiro; já na hora da raiva você pinta o cabelo de vermelho, o que é muito melhor do que ficar prostrada olhando para o teto.

Exemplos são sempre ótimos: se uma mulher é abandonada por um homem, entre a tristeza e o ódio, o que é melhor? O ódio, claro. Por raiva e ódio as pessoas querem e devem mostrar que não é qualquer coisa que as derrubam. A primeira providência de uma mulher (saudável) com raiva é pensar: "Como é que vou me vingar?"
Em primeiro lugar, mostrando que não está sofrendo. Para isso é preciso estar na sua melhor forma, razão mais do que suficiente para perder aqueles três quilinhos, comprar um vestido novo, pegar um sol, aposentar definitivamente o uniforme tênis e jeans e voltar a usar um bom salto alto. Parece bobagem? Pois não é.
Dificilmente você vai ver uma mulher se equilibrando num salto oito com depressão.
De salto, automaticamente se encolhe a barriga, se levanta o queixo, e os ombros ficam na posição certa, como se desafiasse o mundo. Se cruzar com ele, não é melhor estar maravilhosa do que arrasada?
Uma coisa leva a outra: por sentimentos nobres como o amor próprio, o orgulho, a vaidade e a raiva, não se deixa a peteca cair -em público, pelo menos-, e com isso vem o hábito de não deixar a peteca cair nunca, a não ser no divã do analista.
Pense um pouco: se você é normal, deve ter raiva de alguém. O que deve fazer para irritar esses alguéns? Ficar linda, maravilhosa, ter sucesso, ser vista sorrindo, vibrando, enfim, ser feliz.
Digamos que você seja uma desenhista de moda e que esteja sem a menor inspiração. Faz o quê? Pensa numa pessoa que detesta e imagina a glória de fazer um trabalho elogiado, que faça com que você se torne a melhor de todas. Só de pensar nesse delicioso prazer, é capaz de baixar em você o espírito de Balenciaga e o trabalho fluir fácil, só de raiva.
Quando for ao jornaleiro da esquina, pense que pode se encontrar com ele -aquele que fez você sofrer tanto-, e é claro que vai se realçar antes de descer.
Se acontecer, não vai ser ma-ra-vi-lho-so ele ver como você está muito mais linda agora, sem ele? Deve estar sendo muito bem tratada, ele vai pensar.
E pode ser ainda melhor: encontrar na esquina outro que te faça feliz para sempre por uns tempos -ou não?
Por isso, querida, quando vier aquela raiva cega, aquela vontade de gritar, de xingar, de matar, transforme toda essa energia a seu favor.
Assim como o amor constrói para a eternidade, a raiva pode construir a prazo bem mais curto -e de superior e inferior, afinal, todos nós temos um pouco.
Uma delícia, ter uma boa raiva; e sobretudo, muito construtivo.

Danuza Leão

Artigo publicado no jornal Folha de São Paulo.

16 de janeiro de 2012

"Quando eu fizer 18 anos vou morar sozinha"


Desde pequena eu ouço, "Quando eu fizer 18 anos, vou morar sozinha", mas ouvir e imaginar é uma coisa e enfrentar a realidade é outra coisa bem diferente, e foi isso que aconteceu no segundo semestre de 2011, a Camila então com 19 anos decidiu que era hora de sair de casa, não foi morar sozinha, mas com a vó.
Isso dilacerou meu coração, não estava preparada pra isso, foi sofrido, foi terrível...ficamos de mal, falamos coisa sem pensar e nos arrependemos...mas agora as feridas estão cicatrizando afinal, filhos são pra vida toda, e chego a conclusão que o melhor mesmo é te apoiar e realizar o teu sonho, ter o teu cantinho.
Tu mesma já me disse, "Mas tu saiu de casa com 18 anos também", mas eu morava no interior, queria abrir meus horizontes, conhecer o mundo e sei que tu também do teu jeito claro...e tu cresceu muito nesses meses. Acho que nós crescemos e esses dias ouvi isso da minha mãe..."Mas tu não fez o mesmo minha filha?" Pois é sábias palavras da minha mãe, que agora enfrenta um câncer e precisa de  todos unidos pra ajudá-la.
Afinal criamos os filhos pro mundo e chega um dia em que eles vão bater asas e voar, acho que nunca vou estar preparada pra isso com nenhum dos meus filhos, sempre vou querer eles perto de mim, convivendo diariamente, querendo saber o que fazem , o que pensam, quais seus sonhos e frustrações.
Sou assim mesmo, mais emoção do que razão, quem me conhece sabe disso, sou canceriana a mãezona de todos os signos, isso todo mundo já sabe. E se algumas vezes piso na bola, com meus filhos, podem ter certeza é com a  melhor das intenções e sempre querendo fazer o melhor, foi assim com a Camila e vai ser sempre assim com o Matheus e a Alícia.

30 de dezembro de 2011

Parabéns Matheus


Numa sexta feira pela manhã tu decidiu que era a tua hora de nascer, e foi uma semana antes do previsto, passamos o ano novo no Moinhos eu e tu, nós dois tentando um conhecimento que já acontecia de dentro da barriga, mas agora era ao vivo. Com certeza foi um ano novo diferente, emocionante e desde então tem sido, tu sempre tentando fazer com que eu entre de cabeça nas tua idéias, como esses dias quando tu me pediu, seis camisetas de aniversário, de bandas e todas pretas, foi uma dificuldade te fazer mudar de ideia e tu resistindo...e hoje compramos quatro camisetas, uma de banda (vermelha) e mais três (uma preta, uma cinza e uma branca) e tu ficou bem feliz, esse é o Matheus, o mesmo que se estressa, xinga e logo depois se arrepende e pede desculpas, ou como quando pintamos a casa, tu desistiu e logo depois veio querendo me ajudar de novo, porque tu sabia o quanto isso era importante pra mim.
Tu está te tornando um menino grande, quero que tu saiba que eu sempre vou estar aqui, quando tu precisar, sei que tu tenta resolver tudo sozinho, como quando roubaram teu celular  e tu mesmo foi lá na Delegacia e fez o boletim de  Ocorrência sozinho, tu te acha adulto ás vezes e me surpreende com essas atitudes, como o dia que tu decidiu que queria estudar em uma escola pública e foi lá na secretaria de Educação sozinho e resolveu tudo, onde queria estudar e tal, só precisou de mim  porque tu ainda é de menor, e tu me disse muitas vezes o quanto isso te fez bem, o quanto tu esta satisfeito com a nova escola, mas sei do teu potencial e tudo de bom que tem a oferecer ao mundo, é só tu querer e te focar nas coisas boas.
Que 2012 seja um ano muito especial pra ti, que tu possa conquistar tudo o que tu quer e que cada dia tu agradeça a Deus por ter saúde, alimentação e uma família que te ama ( que não é perfeita) mas te ama muito (lembra daquela família ao nosso lado na pizzaria e o que a mãe falava pra criança? e tu ficou chocado? tem família muito piores por aí pode ter certeza )e sempre vai te apoiar em tudo o que te fizer bem.
Felicidades hoje e sempre Matheus, com carinho  e muito amor da tua mãe que te ama muito.



23 de dezembro de 2011

É tempo de cerejinhas importadas no Zaffari

Quando chega essa época não resisto e fico viciada nessa cerejinhas deliciosas, aqui em casa todo mundo adora e claro não sobra nada.

Torta de Morango

 

300g de bolacha maria

2 colheres (sopa) de margarina

6 colheres (sopa) de leite

1 lata de leite condensado

1 copo de leite

2 colheres (sopa) de maisena

2 gemas

1 caixa de creme de leite

2 badejas de morango

2 envelopes de gelatina de morango

300ml de água fervente

300ml de água gelada



Fiz essa torta no dia 4 de dezembro, mas vale um post pra não esquecer dessa delícia.

Voltei!

Mais de um ano sem postar nada, e querendo esquecer esse ano de 2011, que foi o pior ano da minha vida, um ano cheio de decepções, tristezas e ingratidão. Esperando que 2012 chegue renovado e que todas lágrimas  passadas se transformem em sorrisos.

31 de outubro de 2010

Feira do Livro de Porto Alegre 2010

A Feira do Livro de Porto Alegre é uma das mais antigas do País. Sua primeira edição ocorreu em 1955 e seu idealizador foi o jornalista Say Marques, diretor-secretário do Diário de Notícias. Inspirado por uma feira que visitara na Cinelândia no Rio de Janeiro, Marques convenceu livreiros e editores da cidade a participarem do evento.


O objetivo era popularizar o livro, movimentando o mercado e oferecendo descontos atrativos. Na época, as livrarias eram consideradas elitistas. Por esse motivo, o lema dos fundadores da primeira Feira do Livro foi: Se o povo não vem à livraria, vamos levar a livraria ao povo.
A Praça da Alfândega era um local muito movimentado na Porto Alegre dos anos 50 e de 400 mil habitantes. E, no dia 16 de novembro de 1955, era inaugurada a 1ª Feira do Livro, com 14 barracas de madeira instaladas em torno do monumento ao General Osório.
Na segunda edição do evento, iniciaram as sessões de autógrafos. Na terceira, passaram a ser vendidas coleções pelo sistema de crediário. Nos anos 70, a Feira assumiu o status de evento popular, com o início da programação cultural. A partir de 1980, foi admitida a venda de livros usados.
Foi nos anos 90 que a Feira ampliou-se, obrigando aos seus visitantes algumas voltas a mais, com um número maior de barracas e usos de novos espaços, incorporando a suas atividades encontros com autores, além dos tradicionais autógrafos. Em 94, algumas alamedas ganham coberturas, pois é histórica a relação da Feira com a chuva. No ano seguinte, 95, passa por uma processo de profissionalização, buscando o apoio decisivo das Leis de incentivo à Cultura e, também, criando um espaço para os novos leitores, crianças, jovens e adultos em fase de alfabetização. A Feira acompanha a transformação e internacionalização da cidade de Porto Alegre, que passa a receber grandes festivais e exposições (como o Porto Alegre em Cena e a Bienal do Mercosul)
 O sábado amanheceu maravilhoso, perfeito para uma visitinha à feira do Livro de Porto Alegre, respirar cultura ao ar livre debaixo dos jacarandás e claro aproveitar as ofertas e lançamentos da Feira, deixei literalmente 150,00 lá em livros, mas claro que muito bem aplicados, sem arrependimentos.

                                          Alícia escolhendo os livros na área infantil e levou três pra casa num só dia.

Assistimos à peça A Cigarra e a Formiga, no Teatro Sancho Pança, muito divertida e alegre do Grupo de Teatro Os Arteiros que está atualmente na Casa de Cultura Mário Quintana.

 Alícia com o seu amigo anjo, figura que faz a alegria de adultos e crianças na Rua da Praia. E sempre que podemos contribuimos com uma moedinha, que deixa a Alícia feliz da vida quando ele entrega uma lembrancinha (coração, borboleta, pedrinha) e uma mensagem que fica guardada pra sempre na memória da gente , isso acontece também no verão. Quando a gente chega em Torres e lá encontramos essa figura que nos alegra e ilumina com suas mensagens.
                                    O Esquilinho e a Esquilinha  do Zaffari marcando presença e alegrando as crianças na área Infantil da Feira do Livro e Porto Alegre. A Alícia adorou e claro registrei esse momento de muita felicidade.
                                                      Cara de felicidade depois de comprar os livros, assistir ao teatro e receber muitos elogios hora de ir embora...mas voltamos no domingo.
Voltamos hoje, domingo à feira do Livro, mas nem ficamos muito tempo por lá, estava super lotada, por ser Passe  Livre e claro domingo, pra quem não conhece o Memorial do RS, vale uma visitinha tem muita informação sobre personagens ilustres da História do RS e claro um ótimo lugar pra um descanso entre as compras da feira.

                                               A vaquinha da Feira do Livro, uma das personagens do 'Cow Parade' que está em exposição em Porto Alegre até início de Dezembro.

27 de agosto de 2010

Incoerências da vida

Vivemos num mundo onde a cada dia nos surpreendemos com as atitudes de certas pessoas, pessoas que fazem uma coisa e de uma hora pra outra fazem de conta que isso nem aconteceu, vou citar o exemplo de uma certa pessoa que me fez pensar nisso e parar pra colocar isso no papel.
Parece até piada o que eu vou contar agora, mas se não fosse eu mesma passar por essa situação, não acreditaria, mas chaga a ser incoerente a atitude dessa pessoa, passamos praticamente o ano letivo todo  nos encontrando nos corredores do colégio da minha caçula, em uma época no início desse ano, conversávamos e tínhamos um relacionamento de amizade, mas de repente, de uma hora pra outra a pessoa virou a cara pra mim, nem cumprimenta, que é um sinal de educação, vira a cara e eu agora faço o mesmo.
Mas qual a minha surpresa, ao abrir a agenda da minha pequena e ver um convite de aniversário, datado com um mês de antecedência e a maior ironia de todas, no convite estava escrito "Alícia e Família".
Que cara de pau, meu Deus, não acredito que tal pessoa imagina que eu possa comparecer a tal evento. Não vou, não sou falsa ao ponto de ir onde não sou querida e bem vinda.
Meu tempo é precioso demais pra perder tempo com pessoas desse nível, não que eu seja melhor do que ninguém, mas que é uma hipocrisia sem tamanho isso eu tenho ceteza que é.

21 de agosto de 2010



Tenho uma parte que acredita em finais felizes, em beijo antes dos créditos, enquanto outra acha que só se ama errado. Tenho uma metade que mente, trai, engana. Outra que só conhece a verdade. Uma parte que precisa de calor, carinho, pés com pés. Outra que sobrevive sozinha, metade auto-suficiente.
Caio Fernando Abreu

17 de agosto de 2010


Deus...
põe teu olho sobre todos  os que já tiveram um amor e de alguma forma insana esperam a volta dele, que os telefones toquem, as cartas finalmente cheguem.


Caio Fernando Abreu

12 de agosto de 2010





Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão." Caio Fernando Abreu

                                                           
Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez.
Caio Fernando Abreu

30 de março de 2010

CANÇÃO DOS HOMENS


Que quando chego do trabalho ela largue por um instante o que estiver fazendo - filho, panela ou computador - e venha me dar um beijo como os de antigamente.

Que quando nos sentarmos à mesa para jantar ela não desfie a ladainha dos seus dissabores domésticos.

E se for uma profissional, que divida comigo o tempo de comentarmos nosso dia.
Que se estou cansado demais para fazer amor, ela não ironize nem diga que "até que durou muito" o meu desejo ou potência.

Que quando quero fazer amor ela não se recuse demasiadas vezes, nem fique impaciente ou rígida, mas cálida como foi anos atrás.

Que não tire nosso bebê dos meus braços dizendo que homem não tem jeito pra isso, ou que não sei segurar a cabecinha dele, mas me ensine docemente se eu não souber.

Que ela nunca se interponha entre mim e as crianças, mas sirva de ponte entre nós quando me distancio ou me distraio demais.

Que ela não me humilhe porque estou ficando calvo ou barrigudo, nem comente nossas intimidades com as amigas, como tantas mulheres fazem.

Que quando conto uma piada para ela ou na frente de outros, ela não faça um gesto de enfado dizendo "Essa você já me contou umas mil vezes".

Que ela consiga perceber quando estou preocupado com trabalho, e seja calmamente carinhosa, sem me pressionar para relatar tudo, nem suspeitar de que já não gosto dela.

Que quando preciso ficar um pouco quieto ela não insista o tempo todo para que eu fale ou a escute, como se silêncio fosse falta de amor.

Que quando estou com pouco dinheiro ela não me acuse de ter desperdiçado com bobagens em lugar de prover minha família.

Que quando eu saio para o trabalho de manhã ela se despeça com alegria, sabendo que mesmo de longe eu continuo pensando nela.

Que quando estou trabalhando ela não telefone a toda hora para cobrar alguma coisa que esqueci de fazer ou não tive tempo.

Que não se insinue com minha secretária ou colega para descobrir se tenho amante.

Que com ela eu também possa ter momentos de fraqueza e de ternura, me desarmar, me desnudar de alma, sem medo de ser criticado ou censurado: que ela seja minha parceira, não minha dependente nem meu juiz.

Que cuide um pouco de mim como minha mulher, mas não como se eu fosse uma criança tola e ela a mãe, a mãe onipotente, que não me transforme em filho.

Que mesmo com o tempo, os trabalhos, os sofrimentos e o peso do cotidiano, ela não perca o jeito terno e divertido que tanto me encantou quando a vi pela primeira vez.

Que eu não sinta que me tornei desinteressante ou banal para ela, como se só os filhos e as vizinhas merecessem sua atenção e alegria.

E que se erro, falho, esqueço, me distancio, me fecho demais, ou a machuco consciente ou inconscientemente,

Ela saiba me chamar de volta com aquela ternura que só nela eu descobri, e desejei que não se perdesse nunca, mas me contagiasse e me tornasse mais feliz, menos solitário, e muito mais humano.

Lya Luft


Canção das mulheres


Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.



Lya Luft
O medo de errar muitas vezes nos leva ao erro, e o desejo excessivo de acertar nos rouba a naturalidade:calamos quando seria melho falar, calamos quando seria melhor dizer alguma coisa, qualquer coisa.Mas nem sempre sabemos a hora, a palavra, a pessoa certa.
                            Lya Luft